terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Aquilo que não sou e devia ser, aquilo que sou e não devia ser.




Mãe, eu tenho medo, eu choro porque tenho medo!
Tenho medo de não ser capaz de crescer, de ser alguém, tenho medo de falhar, enquanto pessoa, enquanto amante, enquanto amiga mas principalmente tenho medo de falhar enquanto filha.
Tenho medo de não conseguir dar e mostrar o meu melhor, tenho medo de não transparecer aquilo que realmente sou.
Tenho medo da opinião dos outros, tenho tanto medo!
Mãe, mãe, mãe! Eu não estou preparada, quero ser menina outra vez, mãe eu tenho medo, preciso de mais tempo! Ah, futuro, esconde te de mim, eu quero ser criancinha e brincar de baloiço outra vez.
Desculpa pelo aquilo que não sou e devia ser, por aquilo que sou e não devia ser, desculpa!
Eu tenho tanto, tanto medo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Act, like no one is watching.




Meus nobres corcéis, podem adiar a partida, pois já vem tarde!
Minha alma foi classificada lixo.
Devorada e conquistada, pedaço a pedaço, pela própria desgraça, num acto de suicídio o seu cancro provocou!
Doente se pôs, intoxicada do sofrimento que causou.
Ah! Sim que vagueie , que algum vassalo a encaminhe ao poço das lamentações e que se sirva de toda essa água de angústias e sacie a sua sede de vitimada. Ah,sim, sim, envergonha-te minha alma de quereres esse fluído de vitima em ti.
 Melhor, depositarei neste poço o meu corpo, que pouco mais faz que transportar a anormal da minha alma desfigurada.
Em ultimo desejo, tenho vos a pedir que cubram com um grande e pesado pedaço de carvalho, para que nenhum raio de sol trepasse a água envenenada de dor onde abandonarei o meu pedaço de carne ambulante que nem soube conter a estupidez da minha alma.
Ah! Recipiente inútil, que só contens incompetência.
Morte, morte as pessoas horríveis, inúteis e desordeiras, morte a mim!