domingo, 17 de fevereiro de 2013

-Eu gosto de quando estou sozinha.

A sensação da plena isolação do mundo exterior é algo simplesmente sensacional.
Colocar os auriculares em cada orelha , aumentar o som até ao seu limite máximo e sentir a musica a bombear dentro de nós, como pequenas explosões de timbres por todo o interior do nosso corpo.
Cada acorde um pensamento perdido a divagar por montanhas e riachos da nossa imaginação.
O ser humano tem a necessidade de estar acompanhado, de ter alguém, mas por alguma razão eu sinto me confortável no vazio, sozinha.
Sentada no muro mais alto do castelo, de pernas cruzadas, respirando fundo de olhos fechados e uma enorme sensação de agrado, de calma, me invade.
Ter tempo de saborear o fluxo do vento, de ouvir o silencio e gostar.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Tudo o que há dentro de mim

Os meus sentimentos explodem, uma enorme bomba explosiva oprimida corre me no sangue,eu gosto, gosto muito, muito de ti, as palavras escorrem me pelos dedos como uma enorme mancha de tinta.
Meu olhar pela janela capta um vazio, a rua esta deserta, as luzes estão acesas e eu sinto por mim, por não ser tão humana o quão gostava de ser e sinto pela natureza pela beata que atirei pela janela.
Desculpa natureza.
Desliguei o aquecedor , e sinto o frio, na esperança de sentir, sentir algo!
No prédio, que se encontra à esquerda da minha janela, está uma desconhecida a recolher a roupa do estendal.
Sinto me fraca, tão fraca e frágil em tantos sentidos, onde está o desconhecido da minha salvação?
Iras chegar tarde demais e tudo o que há de humano em mim morrerá, apressa te desconhecido.
Tenho menosprezado as verdadeiras sensações, não passo de um criança assustada e carente que se agarra à sua boneca cor de rosa , contraindo os dedos e arranhando com tanta tristeza que está dentro de mim.
Sinto o frio nas bochechas, os meus lábios estão gelados, os meus dentes rangem , agora está justo, o meu psicológico está igual ao meu físico.
Porque é isso que transporto dentro de mim, uma alma gelada e pálida que treme por todos os lados.
Faço me acreditar no refugio reconfortante que a palavra esperança nos dá.
Liguei o aquecedor.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Em conflito com a liberdade e nós.




Se o silêncio fossem palavras, o meu discurso seria tão bonito.
A minha voz seria o timbre mais doce, os gritos seriam mudos e a poesia eterna.
É no silêncio das tuas palavras que fico nostálgica e deixas me doente.
A cura, a humidade dos teus lábios a conjugar com o toque no meu corpo, e um enorme lapso de harmonia.
Ambos gostamos, mas nenhum dos dois está disposto abdicar da nossa protegida e bela liberdade.