segunda-feira, 4 de março de 2013

Memories... ouch.

A dor é algo curioso.
 A vontade que o nosso corpo liberta de transpor os nossos sentimentos à flor da pele numa forma de lágrima  tão natural e primitiva, é um processo magnífico.
Primeiramente a dor acentua no crânio mais precisamente nas zonas laterais, aquecendo as orelhas e estendendo esse calor para as bochechas e subitamente o nosso globo ocular emerge num lago translúcido de água salgada.
O meu ilustre e rebelde coraçãozinho decidiu ser actor e fazer teatro. Está louco e convencido que é um deposito de água e queixa-se! Reclama de estar de deposito cheio de lágrimas oprimidas e contidas dentro de mim que eu guardei. Que a manutenção tem ferrugem, e que os parafusos da instalação cardíaca chiam como uma chaleira ao lume.
Será possível que eu tenha um coração mal disposto? Que aperta, com saudades de loucura e da expressão viva de amor, do puxão pela cintura agressivo e repentino contra o corpo de alguém e depois com os lábios molhados de ternura, um beijo.
Eu temo, porque eu tenho saudades, não de ti nem de alguém mas deste sentimento tão bonito que o meu coração carência. mas não aceito ficar junto só por ter medo de ficar só.

sexta-feira, 1 de março de 2013

suicídio fictício




As luzes do carro estavam ali mesmo à minha frente, o carro vinha na minha direcção mas as minhas pernas não se moviam. O meu corpo simplesmente queria ficar ali, naquele instante, contra a velocidade rodoviária.
Mas a voz de alguém me despertou, foi como se o teu timbre activa se o meu sentido de reacção e gosto à vida .
Sinto me livre, tenho coração vazio, mas mesmo assim quando dás a graça da tua aparição, o meu corpo bombeia álcool em vez de sangue, e anestesias me.
Sinto um aperto de saudade, essa vagabunda, que vai e volta quando quer! Bem que podia ficar na vadiagem para sempre, porque sinceramente ela doí.