segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

oh, oh, oh se céu fosse sempre azul





A personagem que conheci de ti, azulou, talvez nunca tenha existido. Sinto falta do calor das tuas palavras, dos teus gestos meigos e do olhar doce que me cobiçava. O vento tem mais força do que demonstras sentir, eu vibro, eu me incomodo com este vento gélido, mas pareces ir com ele, sem se quer passar por mim. Sou apenas mais uma gota de chuva que te podes molhar, uma insignificante fio de lã no meio de 100 ovelhas, é deste tamanho que fico com as tuas rudes gentilezas. Ando numa corda a cinquenta metros de altura sem rede, e foste tu que me puseste lá, queres dançar o tango desta altura, parece que apenas queres testar o meu equilibro até poderes desfrutar da minha  queda a velocidade da desilusão embatendo no chão.
Elaboras rupturas para me fazer cair, não percebo, se não queres simplesmente transmite me essas cruéis  mas sinceras informações, oh sim, eu gosto muito de ti, tanto que chega a ser demasiado, visto que não me parece ser reciproco, pelo menos não me sinto de tal gosto, de tal prazer.
Sinto me segura, sinto me tua quando me envolves nos teus braços, e como tudo parece tão perfeito quando estou perto de ti, mas as palavras, me faltam, te faltam, um desacordo dialéctico entre nós!