domingo, 6 de novembro de 2011

Prometo, não te irei retirar mais nenhum pedaço de sanidade




A chuva corre, na pele sinto cada gota, sinto agua gélida a correr me pelos cabelos.
Descalço os sapatos, arranco as meias e com os pés completamente nus danço, danço ao sabor do vento, piso cada pedaço de chão, salpico cada poça de lama.
Rodopio e rodopio, ficando tão tonta que o meu corpo embate no chão, agora me estendo, abro os braços e aprecio cada toque da chuva sobre mim.
Fecho os olhos, sinto um toque quente, cinco dedos a vaguear pela minha cara, uma festa de ternura, sei que és tu, senti o teu cheiro, mas num pestanejar de um movimento brusco de abrir as pálpebras para te ver, desapareces.
Esfrego os olhos e volto a olhar e a focar, mas nada, não vejo nada, além da chuva.
Parecias tão real como a roupa encharcada que me pesa no corpo.
Mas esvoaçaste com o vento que sopra para norte, e foste embora.



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