terça-feira, 31 de julho de 2012

Cuida de mim.


Sabes aquele sorriso que tanto gostavas ver em mim?
Pois, eu também não, emigrou com as aves para o equador, e não planeia voltar.
Sabes aquela energia e felicidade que tanto elogiavas em mim por ser ilimitada?
Esgotou! E não foi de repente, foi escasseando aos poucos.
Sabes aquela pessoa forte que admiravas em mim?
Azulou, ja não existe.
E sabes o que doí mais?
Não poder contar contigo, quando me prometeste que nunca me abandonarias!
Doí, porra!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sou frágil, não otária.


-"Zi, estas diferente, antes eras toda maluca! agora andas sempre tão murchinha...!"
-Estou cansada, em tantas aspectos, melhor, em tudo.
Posso virar bela adormecida sem príncipe encantado, para dormir para sempre?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Goodbye humanity, you're dumped.

A angustia e somente ela, engoli-o a minha alma por inteiro. 
A minha insignificante parte incorpórea  é como uma pequena pena,  que paira ao sabor do vento à procura de um embalar caloroso no abrigo de um abraço eterno.
Sinto me tão perdida, vagueio pela calçada gelada da noite, com os pés despidos, o nudismo de cada dedo decalca lentamente por onde passo.
Não sinto a dor das vidraças espalhadas pela calçada que se unem à planta do meu pé como se fossem um só. 
Um rasto de sangue e silencio me persegue. 
Sinto me como um monte de brilhantes nas mãos de uma criança de cinco anos, que assopra e espalha cada partícula de mim, brilhando e perdendo se no vento cada parte de mim. Sacudindo uma mão na outra e o que sobreviveu à ventoinha artesanal infantil é agora desfeito numa fricção de mãos.
PUFF, desapareci! Sou um simples pedaço de carne deambulando por ai, porque a alma, essa, não sobreviveu.

domingo, 15 de julho de 2012

Be strong!

Não quero saber de amores perdidos, e corações despedaçados.
 Paixonetas jovens não tem relevância na pessoa que eu preciso de ser agora.
Preciso de ser forte.
Porém, apenas queria sentir o calor de um abraço asfixiante enquanto sinto nos meus lábios as gotas salgadas que me escorrem pelo rosto.
Mas chorar seria dar me a um luxo que não tenho direito, pois, tenho de ser eu a dar o calor asfixiante de um abraço, tenho que ser eu a cuidar e deixar de precisar de cuidados.
Sou apenas uma criança assustada que vai ter de assumir o papel de um adulto, forte, austero e confiante.
E tantas mais características que nunca constituíram o meu ser. Agora é altura de crescer, de ganhar independência, pois os que cuidaram de mim precisam agora do meu auxilio.
E os demais, que cresceram comigo, também tem a sua quota parte de problemas.
Em suma, é difícil enfrentar o mundo sozinha, mas não é impossível!

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Tenho medo, tenho muito medo.
Medo de encontrar o meu sorriso nas tuas palavras, de encontrar o som da tua voz a repercutir na minha cabeça, de sentir o sabor dos teus lábios nos meus, de me envolver nos teus braços e gostar.
Revejo cada pensamento meu, e a e fico apática, fico incapaz de raciocinar, de me mexer, a única emoção que me controla é o desejo de um futuro diferente.

Encolhida, no meio dos lençóis, escondo me atrás dos meus braços, contraio os dedos dos pés, e assumo uma posição de concha, e então, penso, não em ti, mas num nós.
Sinto que tenho a ponta de uma garrafa de vidro estilhaçada apontada ao coração e o liquido que escorre dela, escasseia e grita enquanto abraça o chão, " INCAPACITADOO! A única tarefa que sabes desempenhar é bombear o sangue! Ages como uma maquina, e não sabes amar.", sim, talvez.


terça-feira, 3 de julho de 2012

Humanos e os seus sentimentos.





Reles coisas, diria eu. Sentimentos não passam de mentiras na penumbra do nosso ego.
Sim, do nosso ego, porque pelos vistos só no instinto paternal conseguimos superar a linha do nosso ego e transpor os nossos verdadeiros sentimentos.
Quando esse instinto surge, a preocupação pelo outro ser começa a ser verdadeira e não mais do que um simples medo de ficar sozinho.
Portanto não se enganem, amor é simplesmente um termo simplificado de "medo de estar sozinho", de depositar a responsabilidade da nossa felicidade noutra pessoa.
No fundo, trata se de uma civilização de egoísmos que transforma a mais bela das forças , o amor, num acto de auto-protecção e consumo improprio. 
Parabéns doces terráqueos, transformaram uma das mais belas poções num vírus.